Por que razão se associa o cravo ao 25 de abril?
Na manhã de 25 de abril de 1974, Celeste Caeiro saiu à rua
para cumprir com mais um dia de trabalho enquanto
empregada de mesa num restaurante que, nesse dia,
comemorava o 1.º aniversário. De entre as lembranças
adquiridas pelo proprietário para ofertar aos clientes,
encontravam-se molhos de cravos.
Porém, com a agitação que se começava a gerar na rua, o
proprietário decidiu não abrir as portas ao público, tendo
distribuído os cravos pelos funcionários.
No percurso de regresso a casa, Celeste foi interpelada por
soldados, tendo-lhe sido pedido um cigarro. Não possuindo
tabaco, ofereceu-lhe um dos cravos que transportava
consigo.
Celeste prosseguiu, distribuindo cravos aos soldados – uns colocaram-nos nos canos
das armas, outros na lapela ou até atrás da orelha.
Floristas da baixa pombalina replicaram o gesto de Celeste e, assim, contribuíram para
a associação desta flor à revolução de abril.